A convivência e as trocas de informações das correntes vanguardistas foram fundamentais para o processo da afirmação da fotomontagem como linguagem artística. Marcel Duchamp , Man Ray e surrealistas. Alguns artistas criaram técnicas próprias dentro da fotomontagem: solarizações ( Man Ray), sobreimpressões (Magritte), fossilizações (Ubac), raspagens (Max Ernst), decalcomanias (Dominguez) e outros. O culto ao automatismo e onirismo foi gerado a partir das técnicas citadas acima. Por outro lado, a relação comMoholy-Nagy é travada com insistência, pelo jogo de fotogramas e sobretudo pelo da montagem fotográfica.
Dadaísmo e Surrealismo, em seu gosto de provocação, como em seu culto “surreal”, desenvolveram com intensidade a prática do associacionismo ( metáfora, colagem, agrupamento, montagem ). Marca física de uma presença, superfície abstrata e destacada de qualquer referência espacial, a foto é também um verdadeiro material, um dado icônico bruto, manipulável como qualquer outra substância concreta (recortável, combinável etc), portanto integrável em realizações artísticas diversas, em que o jogo de comparações (insólitas ou não) pode exibir todos os seus efeitos. As fotomontagens produzidas na época tinham materiais e características diferentes: das fotomontagens stricto sensu do berlinense John Heartfield, de vocação exclusiva de denúncia política , às de Raoul Hausmann, mais plásticas, ou às de Hannach Höch ou de Max Ernst, mais poéticas; combinações mistas e muito dominadas formalmente de um Noholy-Nagy a agrupamentos “multimídias” de um Kurt Scwitters ou de um George Grosz, mais cínicas e agressivas.
Duas versões de Rose Salavy, Duchamp por Man Ray
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